Condão
Autor: Giordano Mochel Netto
Ano: 2015 / Páginas: 390
Idioma: Português
Editora: Novo Século
Sinopse: Tecnologia robótica, petabytes, Direito Eletrônico. Esses termos fazem parte do cotidiano de Edwardo, um jovem que vive em uma sociedade ultratecnológica em que o controle da informação tornou-se o meio de referência para todos. Programador virtual, ele tem uma vida estabilizada, já que suas preocupações resumem-se ao trabalho, ao relacionamento amoroso com Sílvia, biogeneticista, e à amizade antiga e franca com Jânio, professor de História Moderna e especialista na teoria do Condão. No entanto, ao presenciar, involuntariamente, o assassinato de dois jovens por drones responsáveis pela segurança pública, sua vida passa a correr risco. Robôs-homicidas? Uma possibilidade que soa impossível para um software instruído a tarefas-padrão e funções extremamente mecânicas. Pelas regiões do Brasil, Edwardo arrasta Jânio e Sílvia em uma busca incessante para desvendar o crime. Só que, quando o trio descobre que essa investigação envolve vários fatos obscuros que influenciaram o atual nível de desenvolvimento dessa sociedade, uma nova realidade se revela de forma estarrecedora.
Resenha: Hoje faz um mês que recebi esse livro para resenha, então nada mais justo lançá-la hoje, não é mesmo ❤
O livro tem uma premissa MUITO interessante, é sobre um futuro em que não existem advogados, promotores ou algo do tipo, e toda a justiça é executada e calculada por máquinas, inclusive tem drones que andam pela cidade fiscalizando e impondo a lei. Isso por si só, já é inovador e me conquistou logo no início. O tema evolui muito durante o livro e o mundo vai ficando ainda mais complexo conforme lemos e descobrimos mais sobre o mundo.
A narrativa é bem explicativa, o autor não se detém muito a descrever todos os aspectos físicos dos ambientes, e sim explicando como as coisas funcionam, seja por meio de diálogos ou por meio de lembrança dos personagens. Acho que isso demonstra o quanto o autor tem certeza desse mundo e já pensou em vários cenários e possibilidades dentro dele.
Por ele ter uma narrativa mais explicativa, algumas partes do livro ficam cansativas e perdem o ritmo, tudo é muito explicado e com grandes parágrafos, aí quando acaba a explicação a gente está meio perdido sobre onde a história estava, antes da explicação histórica.
O foco nos personagens mudam de acordo com os capítulos, tem capítulos que são focados no Edwardo, Jânio e Silvia, os cientista que acabaram descobrindo essa trama dos robôs, tem outros que é focado na Resistência; outros em integrantes do Governo, como o Comandante, Jeremias e seu principal aliado o robô Crasso.
Aliás, os personagens são muito bons! Edwardo é um cientista, que acabou testemunhando um abuso de autoridade por parte do robôs, aí ele procura seu amigo Jânio, que também é um cientista que estudou o funcionamento da programação dos robôs, então eles buscam a ajuda de Silvia, uma biogeneticista e namorada de Edwardo. Crasso é um robô super potente que trabalha para o Governo. Celeste é uma personagem que aparece no decorrer do livro e ganha muito destaque, sendo uma das principais integrantes da Resistência. Eu adoro o fato das mulheres serem inteligentes e habilidosas nesse livro, e às vezes elas são as primeiras a entender o que está acontecendo ❤
Além disso, a relação entre os personagens é legal, mas poderia ser mais dinâmica, e com mais desenvolvimento. A maioria dos personagens já se conhecem e até tem uma explicação para como Edwardo e Silvia se conheceram e como o relacionamento deles se desenvolveu, mas a interação entre eles poderia ser mais dinâmica e real. A maior parte da conversa entre eles é sobre o que está acontecendo com o mundo, eles não conversam muito sobre como eles estão se sentindo no meio disso tudo, por isso, parecem pouco humanos. Silvia teve que largar sua pesquisa/seu emprego para fugir com Edwardo e ajudá-lo, e isso parece não afetá-la, porque tudo que ela queria era formar uma família com ele… Isso me parece pouco realista.
Dei o exemplo da Silvia, mas isso aconteceu com todos os personagens. Ok, que eles tem pouco ou nenhum contato com a família, até porque faz parte da cultura deles: ter poucos amigos e não manter relações próximas com muitas pessoas. Mas e o trabalho? Tudo bem simplesmente largar tudo mesmo? Não sei.
De um modo geral, é uma leitura muito interessante sobre a humanidade, para onde nossa sociedade está indo. Principalmente no que diz respeito à prática jurídica. O autor tem experiência nas área de Contábeis, Direito e Ciência da Computação, e acho que isso enriquece muito essa perspectiva de mundo e de funcionamento de todas essas áreas, por isso, que a parte científica de como funcionam as máquinas e a execução das leis são bem explicadas e críveis.
Recomendo aos que gostam daquela ficção científica clássica, de raiz, estilo Isaac Asimov e Arthur C. Clarke.
O livro parece ter uma premissa muito interessante, mostrando um lugar BEM avançado em questão da tecnologia, um livro como esse precisa de uma narrativa que tire todas dúvidas e nos faças entender o que se passa naquele lugar, o que parece acontecer no livro. Acho que sera uma grande crítica a nosso modo de viver atual, quero bastante ler
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Oi.
Gostei bastante da resenha, mas infelizmente esse não faz meu tipo de leitura, a premissa parece ser muito boa, gostei da coisa toda sobre tecnologia e revolução.
Mas infelizmente não me conquistou.
Boa Noite.
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Oi!
Te convidei pra responder uma tag lá no meu blog!
https://wordpress.com/post/livrosandstuff.wordpress.com/656
Beijos!
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Já havia lido outra resenha desse livro e, só pela sinopse, já leria. O que mais gosto em livros do gênero é como o autor construiu seu mundo e achei esse bem interessante. Só não gostei de os personagens terem esse tipo de relacionamento. Mas com certeza vou ler.
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