Bel-Prazer
Coleção Vende-se Prazer #2
Autora: Isis Fogaça
Ano: 2017 / Páginas: 169
Idioma: Português
Editora: Independente
Sinopse: Mas, à noite, ele assume o papel de CEO, bombeiro, médico ou de integrante de uma banda de dançarinos… Como stripper, em um clube para mulheres, Uriel representa e realiza diversas fantasias. Mas a sua maior e mais secreta fantasia é povoar um único imaginário… Melinda Dantas é uma jovem doce, pura e religiosa. Criada sob os preceitos da igreja, ela está de casamento marcado, mas se vê envolvida por um sorriso contagiante e familiar. Por caso, ela esbarra com um amigo de infância e o convida para fotografar seu casamento. O problema é que quando os conceitos de certo e errado, céu e inferno, expectativa e realidade se misturam, torna-se difícil seguir o caminho para o qual você está destinada. Até que ponto podemos seguir nossos anseios e desejos, mantendo fiéis os princípios? Bel-prazer é o segundo conto da Coleção Vende-se Prazer e nos fará percorrer os bastidores da vida de um stripper. Em seus contos independentes, essa coleção retratará o prazer em todas as suas esferas, em especial, o prazer carnal. Aqui, não cabem pudores ou hesitações. Permita-se levar por seus anseios e vontades. Permita-se vivenciar uma aventura repleta de descobertas e surpresas.
Resenha: Isis Fogaça continua explorando o meio do entretenimento feminino, desta vez, de maneira mais romântica ❤
Diferente de Ao Seu Dispor, primeiro volume na série Vende-se Prazer, na qual foi exposto um lado feio e extremamente desumanizador da prostituição, em Bel-Prazer vemos um lado mais romântico e do puro entretenimento.
O protagonista, Uriel, não é um garoto de programa (ou acompanhante), ele é um gogo-boy que às vezes faz um extra por vontade própria, visto que ele mesmo insiste em afirmar que não cobra por sexo.
Essa afirmação dá início a algumas inconsistências, como o fato de ele afirmar que não cobra por sexo, mas quando é oferecido ele acaba aceitando, assim como também aceita presentes caros, como relógios e afins. Apesar disso, está claro que a intenção do livro é de ser um romance mais leve do que o primeiro e com um foque maior nas coisas boas da profissão.
Uriel é desenvolvido como um personagem complexo e com uma voz narrativa única. O romance poderia ter sido aprofundado e desenvolvido de maneira mais gradativa e detalhada. O livro peca ao demorar a introduzir a protagonista feminina, Marina, e, consequentemente, acaba dando pouca profundidade à personagem e à relação existente entre os dois.
O principal desafio imposto entre eles, apesar de cliché, no final é bem resolvido e surpreende de forma positiva.
No final, o livro pode ser visto como uma experiência divertida, com cenas de sexo contextualizadas e condicentes com o personagem. Diferente do primeiro livro da série, as críticas sociais e culturais à prostituição não estão presentes e o foco maior é na história de romance e companheirismo de Uriel com as mulheres em sua vida.
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